segunda-feira, 29 de julho de 2019

O TOTALITARISMO E A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA


            
            Hannah Arendt quando escreveu o livro “Origens do totalitarismo” sintetizou o que foram as investidas ditatórias, principalmente na Alemanha de Hitler, na Itália de Mussolini e na Rússia de Stalin, como experiências efetivadas com o apoio das massas aos ditadores que ascenderam legalmente ao poder.
            Destacou a autora que o mal e o crime exercem um poder muito grande sobre a “ralé”, que vê os atos de violência cometidos por seus governantes, como esperteza. Pior ainda são as convicções dos adeptos do totalitarismo que não se abalam com os crimes cometidos pelos condutores do movimento totalitário.
            De lá para cá os tempos mudaram, mas a essência do movimento totalitário pouco mudou. O totalitarismo depende da superioridade da força numérica disposta a se submeter, mas, mais ainda da força bruta e moral, no caso, pode ser paramilitar, militar, jurídica, religiosa e política. Em grande medida, todas as garantias constitucionais vão sendo suspensas e, por isso, vale a vontade e a intencionalidade dos condutores desse processo, portanto, é necessário que um grande contingente de massas aceite a servidão como valor moral e político.
            A virtude fundamental do movimento totalitário é a capacidade que ele tem de atrair as massas a seu favor. Por outro lado, a sua fraqueza está no desprezo que possui pela classe social. Vemos então que é um movimento que necessita de aliados ao mesmo tempo que precisa produzir inimigos para, com isso, animar os cidadãos indiferentes e desorganizados que nunca fizeram parte de alguma agremiação partidária. A verdade é que o totalitarismo faz política por meio da aversão à política. São essas pessoas indiferentes à política que, de repente, constituem a maioria e se coloca a favor das forças que se dizem redentoras, justiceiras e punitivas de práticas, pessoas e instrumentos tradicionais.
            Teoricamente, o movimento totalitário no governo, tendo à frente líderes de retórica demagógica, exalta em geral as liberdades democráticas com o objetivo de, no particular, suprimi-las. Nesse sentido, prega a liberdade de expressão mas assim que se sente acuado por denúncias publicadas em veículos de comunicação, mesmo sendo de direita, acusa de que eles agem contra os interesses do país e, a qualquer momento, edita medidas para impedir a continuidade da divulgação dos fatos.
            O uso da linguagem agressiva e dos discursos separatistas visa, por meio da arrogância, confundir a opinião pública como sendo atos de coragem e, quando não alcança realizar o mínimo daquilo que foi prometido, colocam-se como vítimas atacadas por forças contrárias. Por isso, as táticas usadas pelo totalitarismo é criar fatos que desviem as atenções, enquanto os governantes implementam medidas ou ganham tempo para apresentarem  justificativas.
            No entanto, esses processos totalitários na atualidade, devido à crise do capitalismo, tendem a não produzir resultados duradouros e, por isso, a tendência é se desmoralizarem por completo. Isto não significa que a superação dos mesmos seja feita com facilidade. As respostas políticas mais duradouras na História, sempre foram construídas pela relação de duas referências fundamentais: do partido político e a organização classe social.
            Essas duas referências, tanto o partido quanto a classe social, no momento estão desarticuladas por duas razões: a) a classe social se organiza quando há luta de classes e, b) o partido político se organiza quando a classe social organizada, precisa de direção para alcançar os objetivos políticos. As razões que nos levaram à situação que nos encontramos hoje, com poucas condições de reagir ao totalitarismo estabelecido, foram às transformações no mundo do trabalho, forjadas pela modernização tecnológica que desestruturaram o conteúdo dos conceitos e os modelos de organização das classes sociais; e, de outro modo, as opções políticas feitas a favor dessa desestruturação, fez emergir da desorganização das lutas, as saídas institucionais algemadas ao processo eleitoral que desatualizou a militância.
            É importante compreender que o momento atual, apesar das características próprias, não é incomum na História. Em 1962 com a ascensão do trabalhismo ao governo, tentou-se, pelas reformas institucionais, garantir os direitos sociais, mas as forças totalitárias logo em seguida, como em 2016 deram o golpe e implantaram os retrocessos. Mas, um elemento, como uma maldição equipara os dois momentos, que é a crise do capitalismo, agora muito mais agravada.   
            Na atualidade, o processo civilizatório saturou o capital produtivo. Por não encontrar meios de destruir as mercadorias para abrir espaço no mercado, busca diminuir a vida útil de cada objeto. Mas a contradição maior está na produção com alta tecnificação que substituiu a força de trabalho pelas máquinas, diminuindo os custos e com isso também o valor em cada objeto. Sendo que os trabalhadores perderam o poder de compra, não há consumidores para os produtos e, com isso o capital se converte em uma força especulativa alimentando-se das finanças públicas cada vez mais escassas.
            Com a globalização os espaços no mercado foram ocupados e não há novos mercados para expandir o capital produtivo, a última solução apontada pelos capitalistas é investi-lo em meios para transportar pessoas e habitar outros planetas. Se esse deslocamento der certo, o capitalismo renova temporariamente a capacidade regenerativa e, por um período aliviará as suas crises de crescimento. Há, no entanto, dois comprometimentos que inviabilizam a continuidade do capitalismo: a) a exaustão do planeta terra e, b) o aumento contínuo da pobreza.
            Sobre estas duas contradições é que residem os caminhos para reabilitar as forças de esquerda. Nesse sentido, há que fazer despertar o senso crítico e tal qual foi feito no final da década de 1970 e início da década de 1980, para enfrentar a ditadura militar, renovou-se as formas organizativas. Desta vez com maior clareza de que o capitalismo precisa ser superado ou não haverá futuro sobre a terra.
                                                                                              Ademar Bogo
                            

quarta-feira, 17 de julho de 2019

ESTANHAMENTO E ALIENAÇÃO


             
            Há entre os estudiosos do pensamento de Karl Marx, certas ponderações quanto ao uso das palavras alienação e estranhamento. Para certas posições, as duas denominações se complementam, isto porque, se a primeira se vincula diretamente ao objeto que, após ser produzido é apartado de seu produtor, a segunda articula a totalidade do processo produtivo e de outros sistemas, sociais, econômicos e políticos.
            Para Marx a centralidade da formação social está no processo produtivo é a ele que o indivíduo se vincula para produzir e reproduzir-se. No entanto, para que esse mesmo indivíduo se reproduza é preciso que ele empenhe a sua força de trabalho para produzir os produtos que lhes serão úteis. Por outro lado, no capitalismo, o trabalhador que vende a sua força de trabalho não produz, na maioria das vezes, produtos úteis para si e, ao produzir objetos que  se destinam à troca no mercado, ele se distancia deles e do resultado obtido com as trocas.
            Dessa forma, o trabalhador é forçado a separar-se do objeto produzido e do resultado obtido pelo dono do objeto que é denominado de capital. Sem o objeto do trabalho e sem o capital, resta ao trabalhador a força de trabalho a ser entregue todos os dias segundo o contrato de trabalho feito com o seu patrão.
A situação é incômoda, porque o trabalhador, na medida em que produz um objeto, exterioriza a sua capacidade produtiva. Na medida em que o produto extraído de sua capacidade não fica com ele, nega-se a si próprio, como se algo criado por ele não viesse dele, porque não pertence a ele.  E, acima de tudo passa a considerar que no tempo estabelecido pela jornada de trabalho, nem ele se pertence a si mesmo. Foi cedido ao comprador de sua força até tal hora do dia ou da noite. Logo, segundo Marx, a sensação  é que houve “uma perda de si mesmo”.
Considerando que a alienação ocorre na apartação do indivíduo de si mesmo e o estranhamento da separação do indivíduo e o objeto produzido que articula outros sistemas aos quais o indivíduo desconhece, não há a possibilidade de compreender um conceito sem o outro, isto porque, ambos ocorrem no mesmo processo de produção e reprodução individual e social.
Mas, com um pouco de esforço, podemos vincular os conceitos à dominação do sujeito, agora não mais visto como um indivíduo, mas como uma nação que, ao se reproduzir, exterioriza a sua capacidade econômica, no entanto, no aspecto político perde o controle sobre si mesmo e passa a ser orientada como se fizesse parte de outro mundo comandado por outro senhor, como o é o capital sobre o trabalho.
O que impressiona, não é a capacidade argumentativa da classe dominante que, com naturalidade procura convencer a população de que a submissão imperialista é algo normal, tal qual o é ter patrão e empregado em um país, mas o enfraquecido pensamento crítico que não percebe, como rapidamente estamos nos apartando do pouco que restava da soberania nacional.
            Se não causa estranhamento a junção dos sistemas com a subordinação do Brasil aos Estados Unidos, é porque as artimanhas do governo são tão simplificadas que se assemelham à produção de uma mercadoria por um trabalhador assalariado. A aceitação do salário mensal e de uma cesta de Natal é tão normal como a nomeação do filho do presidente para embaixador.
            Ora, todos sabemos, mesmo com os poucos meses de governo, que a eleição de 2018 não elegeu um presidente, mas uma família para governar o Brasil. Por sua vez, a eleição para presidente foi o ápice de um processo articulado pelos Estados Unidos da América, com as forças mais atrasadas da política e do poder judiciário existentes no Brasil. Esse conluio continua apesar das revelações cotidianas.
            O que ocorre agora é que, a família se anexa ao comando central do império e, por meio da Embaixada vincula os sistemas que passam a funcionar, nos aspectos políticos, jurídicos e ideológicos com as ideias forjadas dentro da mesma inteligência.
            Haveria alguma outra razão para o presidente indicar o próprio filho como embaixador nos Estados Unidos da América? Se mérito não os tem; preparo menos ainda, sobra o critério da confiabilidade para estruturar a submissão à ordem imperialista com um comando único para os dois países.
            O que assusta não é o estranhamento nem a alienação imposta pela mediocridade do pensamento dominante, mas o grau de servidão voluntária ao qual a população se submete. Por isso não acredite nas sátiras, saber manusear uma chapa quente é a simbologia de que, o "hambúrguer" a ser fritado é a soberania do país.  
                                                                                              Ademar Bogo

quarta-feira, 10 de julho de 2019

A POLÍTICA COM IDEOLOGIA RELIGIOSA


            Muito ouvimos falar na década de 1980 do avanço das “igrejas pentecostais”. Elas se fundamentam em Pentecostes, a festa cristã que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, 50 dias após a Páscoa, fazendo-os falar em voz alta, sem conhecerem, as línguas existentes no mundo. A origem teológica pouco importa discutirmos qui, fundamental é perceber que esse “movimento”, nos últimos 60 anos, enquanto o sindicalismo, os movimentos revolucionários, os movimentos populares e as comunidades eclesiais de base da Igreja católica, regrediram, o “pentecostalismo” cresceu imensamente em diversas partes do mundo.
            Esse movimento nasceu em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, em 1906, de onde foram enviados missionários para os diversos continentes, principalmente da África e das Américas. No Brasil até a década de 1950 pouco se ouviu falar desse fenômeno representado, pela Congregação Cristã (1910) e a Assembleia de Deus (1911). O movimento ganhou fôlego em 1951 com a chegada da Igreja do Evangelho Quadrangular; Brasil Para Cristo, em 1955 e Deus é Amor, em 1962. No entanto, o coroamento do movimento religioso de cunho político imperialista, virá no final da  década de 1970 com a organização da Igreja Universal do Reino de Deus, que se tornou uma potência econômica com controle expressivo de parte da mídia nacional.
            A estratégia da evangelização dos movimentos pentecostais e neopentecostais  (Universal do Reino de Deus, Mundial da Graça e Internacional da Graça de Deus), centrou-se sobre a conquista das massas populares. Os pentecostais com um discurso evangelizador de salvação da alma e, o os neopentecostais com a pregação sobre a prosperidade ou o progresso econômico obtido pelas bençãos divinas.
            Esse movimento, além das atividades religiosas, principalmente neste século, passou a interessar-se pela política e, com o isso, o discurso em torno da família, da educação e da sexualidade passou a formular a linha divisória entre o “bem e o mal” em todos os sentidos da vida social. Para que isso fosse possível era necessário que se estruturasse o tripé da dominação: a política, a religião e os meios de comunicação.
            Muita coisa ainda permanece no imaginário analítico do resultado das eleições de 2014, quando o candidato Aécio Neves quase ganhou a eleições de Dilma Rousseff. O resultado final, por diversos dias era divulgado, não em números, mas pelas cores vermelha e azul sobre o mapa do Brasil, provavelmente denunciando aonde se localizava o “mal” a ser combatido. Somou-se a isso o crescimento da bancada evangélica no Congresso Nacional que, em 2019 chegou a 84 Deputados, 7 Senadores e o presidente da República.
            Em 2018 ouvimos exaustivamente o lema da campanha para presidente: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará´” (Jo 8,32), não ouvimos mais vezes porque o candidato eleito fugiu aos debates, mas ficou evidente o discurso centrado sobre a especulação e a manipulação religiosa. Somou-se a ele o enredo homofóbico, anticomunista, antifeminista e outros “antis” que embalaram a ideologia de que o mal não venceria o bem.
            Aparentemente o conjunto das ideias expressas remetem a identificar como sendo um movimento fora do tempo presente. É como se econômica e socialmente vivêssemos no século XXI, mas política e religiosamente vivêssemos um ou dois séculos do passado. Isso porém não é ilusão de ótica nem de ouvidos, é real. Os capitalistas percebendo que o capitalismo já não tem como responder aos seus próprios limites, sabem por experiência que as crises provocam todos os tipos de contradições e, como isso, as ideias progressistas e revolucionárias encontram terreno fértil para provocar convulsões e revoluções sociais. Logo, era preciso investir na divisão da nação; desestruturar e desmoralizar as instituições,políticas, principalmente os partidos políticos; atacar o sistema de ensino por onde os estudantes, em grande parte beneficiados por cotas e créditos estudantis, poderiam reagir contra o sistema imposto, optaram por converter uma grande massa em um único movimento pentecostal. Esse movimento de  militantes defenderia: a causa, as mentiras, as calúnias e  as difamações plantadas por meio das mídias sociais. Nesse sentido, o lema da verdade virou no seu contrário, estabelecendo-se assim: "E conheceis a mentira e a mentirá vos dominará”.
           Depois de eleito,  dentre as medidas tomadas pelo novo governo, pelo menos uma confirma este invólucro da ideologia religiosa no manto da política que foi a lei beneficiando os sabatistas. Essa lei 13.796/2019 de 03 de Janeiro deste ano, altera a Lei das Diretrizes e Bases da Edcucação Nacional, LDB, e considera a escusa de consciência em caso de atividades escolares, provas, concursos etc., para os adeptos das religiões que guardam o sábado como dia de guarda religiosa.
            Há, sobre este assunto, argumentos sólidos a favor e contra. No entanto, não interessa a polêmica, mas as circunstâncias em que foi a aprovada a Lei 13.796/2019, logo após ao final do pleito eleitoral e, principalmente porque o Brasil foi declarado um Estado laico desde o decreto 119-A de 07/01/1890, o qual estabeleceu a separação do Estado e a religião. E, na Constituição de 1988 podemos recorrer aos “Direitos e garantias Fundamentais”, no artigo 5º, inciso 6, o qual estabelece que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”; no inciso 16 também, fica claro que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convidada para o mesmo local...”. No inciso 20, estabelece que “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”.
            Assim podemos buscar em diferentes artigos da Constituição as garantias de liberdade de manifestação  do pensamento, crença, culto e associação, por isso entendemos que a religião, como uma associação de indivíduos que professam a mesma crença, está garantido nos Direitos e Garantias  Fundamentais do cidadão.
            Mais que as garantias fundamentais, os direitos sociais e políticos, destaca-se neste embate, o aspecto da ideologia política formada pelo conteúdo religioso. A escusa de consciência que também se vincula ao “livre arbítrio” tem, e ao mesmo tempo pouco tem a ver com a “liberdade religiosa”. Quem nos diz isso é Sigmund Freud quando estudou o sistema mental e percebeu que ele é composto da parte consciente (ideias, pensamentos, entendimentos etc.) que manejamos instantaneamente; a parte pré-consciente, são informações que ficam na memória e podem ser lembradas e, o Inconsciente, onde guardamos os traumas, as neuroses e os recalques que acessamos por meio dos sonhos e de análises direcionadas. Por isso é que, mesmo decidindo conscientemente as influências do inconsciente são imprescindíveis. Elas afetam o consciente impondo a ele certas condutas quase sempre sem explicações reais.
            Na medida em que conscientemente o indivíduo toma uma decisão, por baixo dela há, inconscientemente diversas influências que, em forma de recalques, insatisfações ou prazer, sustentam a decisão tomada. Nesse caso há decisão mas nem sempre se sabe porque decidiu-se daquela forma.
            Somado a isso há a intencionalidade ideológica que tem por finalidade obscurecer a finalidade da proposição manipuladora das instituições é como se o inconsciente estivesse localizado em outro corpo e influenciasse a tomada de todas as decisões. Por isso, as afirmação: “O Estado é laico, mas nós somos cristãos”, induz a pensar que todos sejam cristãos, principalmente evangélicos ou sabatistas. Seguindo esta, sustenta-se qualquer outra afirmação de cunho classista e utilitarista como: “o Estado é capitalista, mas nós somos cristãos”. Ou seja, quem governa usa o Estado a seu favor, daí some também a imparcialidade do judiciário e a representatividade do legislativo, demonstrando que o poder não emana do povo, mas dos interesses das forças dominantes.
            A política com ideologia religiosa é altamente perigosa para a formação da consciência crítica, porque traz para a esfera das decisões políticas, complexos, recalques e preconceitos morais, dando origem ao fundamentalismo religioso de cunho político. Em nome do poder político usa-se a Fé como instrumento e, em nome da Fé, age-se politicamente substantivando o bem e o mal.
            Nos processos políticos tudo é transitório, principalmente quando passamos de um momento político para outro, inclusive as práticas intervencionistas do imperialismo. Enquanto muitos esperavam que ele viria com bombas e granadas, ele veio a pregação religiosa e o título eleitoral e, hegemonizou as opiniões, mesmo porque, ninguém é contra a formação de uma associação religiosa nem ao processo eleitoral, afinal, faz parte da “democracia”. E assim, Marx e Engels continuam tendo razão porque, já no tempo em que viveram, desvendaram o mistério da ideologia quando disseram que, “as ideias dominantes de uma época, são as ideias da classe dominante”.
                                                                                                       Ademar Bogo