domingo, 27 de novembro de 2016

COMANDANTE SOLIDÁRIO



            Após décadas de contestação, banalização e desmoralização do socialismo em Cuba, chega a hora em que as forças atrasadas do mundo, congratulam-se com a morte do líder da revolução, Fidel Castro Ruz.
            A mídia de todos os pontos da globalização capitalista conclama os dementes a condenarem o “ditador”. A princípio é estranha essa posição, porque, um país com 12 milhões de habitantes, que está fora da rota do comércio e dos negócios mundiais, não têm armamentos ofensivos, bomba atômica, armas químicas ou qualquer possibilidade de invadir outro país pelas vias da guerra. É um pacato país, aliás uma minúscula ilha, bloqueada de água e de armas por todos os lados. 
            Por que então tanto destaque? Por que falar mal quando se deve falar bem? É a raiva acumulada, a inveja petrificada e a sombra da grandeza da coerência revolucionária que os capitalistas não podem suportar. É a honestidade indestrutível, a solidariedade insubstituível que os burgueses não conseguem aceitar. É a admiração, o respeito do mundo e da nação que os exploradores não podem admitir. Por isso precisam, condenar, mal falar e mentir.   
            Assim se assenta o teor da ideologia burguesa, sobre o alvo quando o querem violentar. Não importa se é um indivíduo ou uma classe, um Estado rico ou pobre, pequeno ou de grandes dimensões; vale o que ele representa. Fidel é a resistência, a justa medida contra a onipotência que o império não pôde destruir.
            Cuba é a mais bem estruturada República socialista vinda do século que passou. Localizada a 165 km dos Estados Unidos que, além do bloqueio econômico, nada pode, para fazê-la deixar de existir. Os abalos ocorridos na década de 1990, na antiga União das Repúblicas Soviéticas, chegou até Cuba, mas não a enfraqueceu, ao contrário, fortaleceu e reafirmou o rumo da revolução. O que incomoda de fato a classe dominante em geral, é que o século 20 ainda vive e continuará presente em uma ilha em frente aos olhos de um imenso continente. Das revoluções vitoriosas Cuba é daquelas que não se dobram, não se curvam e nem renegam os seus princípios.
            Fidel Castro passará para a história, como o líder revolucionário que mais pensou na humanidade e na igualdade entre os povos. Serviu sem a preocupação de ser servido. Doou sem esperar retribuição e, se assim o fez, foi porque, apreendeu que as armas nucleares podem matar exércitos combativos, populações indefesas ou organizadas, mas jamais podem matar a fome dos famintos do mundo. Por isso, os investimentos cubanos, estiveram voltados para extirpar a ignorância, a fome e as doenças.
            Sendo assim, antes de chamá-lo de “ditador”, deveriam perguntar se ele é amado, respeitado e admirado? E nós, se quisermos um exemplo de governante, coerente e dedicado; humilde e companheiro; honesto e trabalhador; estudioso e solidário; amigo e cuidador do povo, das crianças, das ideias e do socialismo, devemos olhar para Fidel e considerá-lo o exemplo a ser seguido.
             Fidel é unanimidade quando se trata de solidariedade. Pátria ou Morte! Socialismo ou morte! Foram convocações fundamentais para viver e fazer viver sem morrer. Assim, viverá o socialismo sem os passos de Fidel. Ele fez, mostrou e agora se retira para descansar. Ás gerações que vêm, têm muito a estudar, compreender, imitar e renovar. Segue a pátria e a nação. Sigamos nós com a revolução.
                                                                       Ademar Bogo. Filósofo, escritor e agricultor.

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