domingo, 22 de setembro de 2024

O NOBRE E O JUSTO

  

          Os filósofos sempre primaram pela educação. Aristóteles em sua ética a Nicômaco, após alertar que não devemos perder de vista a diferença existente entre os argumentos dos primeiros princípios e os outros que se viram contra eles. Dessa forma concluiu o filósofo: “Eis aí por que, a fim de ouvir inteligentemente as preleções sobre o que é nobre e justo, e em geral sobre temas de ciência política, é preciso ter sido educado nos bons hábitos”.[1]

            Se os filósofos refletem através de temas, os educadores debatem sobre as concepções pedagógicas. Porém, não é possível escapar ao ponto de encontro educativo o qual trata dos bons hábitos. O nobre, destacado por Aristóteles, não se trata da nobreza adquirida por meio de títulos, mas dos valores morais comprometidos com a generosidade, a lealdade e a honestidade, condutores dos bons comportamentos. Da mesma forma, o justo, não significa a justeza de algo que se encaixa; neste caso ele representa, a justiça confirmada pela aplicação do princípio da “justa medida”, formada pelo entendimento pedagógico, de garantir os ganhos e minorar as danos.

            Há diferentes concepções pedagógicas voltados para a educação dos bons hábitos. De um modo ou de outro podemos afirmar que todas ela, por princípio. pregam a nobreza e a justiça para garantir a prática dos bons hábitos. No entanto, como vimos, na expressão aristotélica, de que há argumentos favoráveis aos princípios e os que são apreendidos e colocados do lado oposto a eles. É neste ponto que a pedagogia sai dos meios acadêmicos para encontrar as suas oposições, também pedagógicas, na formação dos hábitos comportamentais na escola da vida.

            Quando separamos os ambientes, não significa que haja de fato uma separação estanque na linha do conhecimento e formação das consciências. Demarcamos apenas a existência da mudança de sujeitos criadores das matrizes pedagógicas. Dessa forma, nos parâmetros do outro sistema, distante do nobre e do justo, vamos encontrar as diferentes pedagogias as quais nomeamos como: do capital, da exploração, da expansão, do envenenamento, da destruição e tantas outras que, por princípio, estruturam-se metodologicamente pela negação dos valores morais.

            Quando falamos em pedagogia do capital, facilmente percebemos que a centralidade desse aprendizado está centrada na lei do valor. Aprender a lidar com o dinheiro para fazê-lo render à custas do trabalho alheio. Comprar coisas, investir, poupar, sempre no sentido de garantir algum grau de acumulação de bens e propriedades, entende-se como correto. Para aqueles que mal se decidiram profissionalmente, o indicativo virtual do apresenta programas como do “Jovem empreendedor”, incentivando-o a cavalgar pelo caminho empresarial. Metodologicamente ensina a tornar-se patrão, explorar a força de trabalho de pessoas vistas apenas como colaboradoras.

            A pedagogia expansionista surge por meio da pulsão da acumulação. Feito um primeiro crescimento o capital encarnado nos desejos do capitalista, faz com que ele se lance em direção aos lugares que permitem rendimentos. Na visão universal, a indústria e o comércio conduzem o capital para afirmá-lo como o regente de um império. Assim nasce o imperialismo econômico. Na expansão particular, o avanço sobre os territórios, leva a jungir as propriedades para formarem grandes e expressivas posses. Em ambos os sentidos, a pedagogia da especulação e do ensino tecnológico, serve como suporte para que as ações tenham certa ordem sequencial e, a divisão social do trabalho preencha todas as lacunas dos serviços sujos prestados.

            Mas, há acima de tudo e, no atual momento do desenvolvimento do capitalismo, uma pedagogia que começa a ganhar força, a qual podemos chamá-la de “pedagogia destrutiva”. Esta, de algum modo vinha sendo aplicada, sempre que surgissem crises no crescimento econômico; as quais se baseiam no princípio da destruição dos produtos ou da infraestrutura e bens em geral, por meio de guerras ou de outros conflitos. Porém, essa pedagogia avançou e se qualificou metodologicamente para ensinar a atuar fora do mundo das mercadorias e, muito menos por causa da crise de crescimento econômico, mas, fundamentalmente pelo desejo da expansão gananciosa que chegou ao extremo de incendiar as florestas.

            A pedagogia destrutiva que ensina a usar o fogo como uma arma, revela que foi declarada a guerra do agronegócio contra as forças da natureza compostas pela biodiversidade e contra o Estado se os governantes não fossem tão covardes. Trata-se, portanto, da perda da soberania nacional, porque, a pretensão de planta soja e produzir carne bovina para as exportações, favorecem mais os interesses externos do que ao país.

            A pedagogia destrutiva desenvolvida pelas forças políticas negacionistas, ensina a cometer crimes utilizando  o fogo com arma; mas, há as partes coniventes que se associam pela colaboração ativa. Se compararmos a aplicação das pedagogias opostas, quando se quer educar positivamente, os recursos públicos são direcionados para construir escolas. Quando se quer educar criminalmente, incentiva-se a aquisição de armas e, no caso dos incêndios, liberam-se créditos para que os criminosos, com o dinheiro público, avançarem sobre as florestas.

            Ao governo brasileiro, falta o entendimento da “pedagogia da coerência” pois, quando fala em preservação da Amazônia e da emissão de gases metano CO4, produzido pelos animais e, o monóxido de carbono, exalado pelos veículos motorizados, como primeiro princípio, deveria reduzir e não aumentar os créditos agropecuários para o agronegócio. Neste ano de 2024, chegam a 508 bilhões de reais e, por outro lado impediria a exploração do petróleo e não como está fazendo, direcionando as puas perfuradoras para a Amazônia.

            Para não sermos coniventes com os crimes, seja o de genocídio cometido contra os palestinos ou do ecocídio cometido pelo agronegócio com o incêndio das florestas, devemos reagir contra a pedagogia destrutiva que transforma o crime em hábito. E não importa se o crime está sendo cometido em Gaza ou na Amazônia, importa é enfrentar, combater, destratar e condenar quem manda, quem executa e quem é conivente ao liberar recursos públicos para que, no baixar da fumaça das queimadas, nas primeiras chuvas,  repassem com os aviões semeando as sementes de capim, sobre os ossos e as cinzas daquilo que antes era a mais bela e mais diversa biodiversidade do mundo.

            Devemos perguntar ao governo brasileiro: onde estão as forças armadas que há dezenas de anos, em nome da soberania nacional, vigiavam a Amazônia, mas deixaram avançar  desmatamento, o roubo e a exploração de madeira, bem como, a se formarem miliciais armadas para assassinarem as lideranças, indígenas, sindicais e religiosas e, por último a incendiarem as florestas? A natureza clama por defesa; mas onde estão as forças de defesa? De que serviu até então a pedagogia dos treinamentos de combate nas selvas, se incapazes são de combaterem o fogo que dizima as florestas? Quando procurarem os inimigos entre as cinzas, encontrarão apenas as armas e a metodologia da pedagogia destrutiva.

                                                           Ademar Bogo  



[1] ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martins Fontes, 2012. (Livro 1).

domingo, 15 de setembro de 2024

A VIOLÊNCIA DO FOGO


O fogo desde a pré-história, quando as crenças atribuíam a sua criação a uma divindade. Os gregos revelaram como as primeiras chamas chegaram até a terra com Prometeu. Por ordem de Zeus ele foi amarrado em uma rocha em companhia de um pássaro carnívoro, para comer-lhe diariamente o fígado pela travessura de ter se apiedado dos homens, dando-lhes o fogo de presente.

Posteriormente em Olímpia, cidade destruída na antiga Grécia, na qual se originaram os “Jogos olímpicos”, uma tocha foi acesa para simbolizar o vigor da juventude. Os cristãos adequaram uma simbologia para anunciar a vinda do salvador através da fogueira acesa na casa dos pais de João Batista. No seu oposto, mais adiante as mesmas fogueiras, na inquisição, serviram para queimar os hereges   

O general alemão Carl Von Clausewitz, no século XIX fez referência ao uso do fogo na guerra. Em seu livro “Da guerra”, de fundamental importância para quem deseja estudar os conceitos de tática e estratégia. Na elaboração não deixou de incluir a importância do fogo para a civilização. “A invenção da pólvora e o constante aperfeiçoamento das armas de fogo são por si sós suficientes para mostrar que o progresso da civilização nada fez de prático para alterar ou para desviar o impulso de destruir o inimigo, que é essencial à própria ideia de guerra.”[1] Ou seja, os saberes civilizatórios permaneceram no grau da brutalidade da destruição.

Em outra passagem o mesmo livro revela que o fogo poderia ser considerado uma arma. “As áreas cuidadosamente cultivadas são mais do que uma desvantagem para a artilharia, e as montanhas são piores ainda. Ambas proporcionam, evidentemente, uma proteção contra o seu fogo e não são, portanto, favoráveis a um exército cujo principal efeito seja o fogo.”[2] Nessa descrição podemos considerar a referência do “poder de fogo” da artilharia, mas também, perigo do próprio fogo como força de ataque.

Seja como for, é fácil de percebermos o perigo que representa o fogo indevidamente usado. O seu poder de destruição, a depender do vento, é mais veloz que os seus apagadores que, por segurança não podem atacá-lo de frente a frente. A técnica dos aceiros, tão comum desde a antiguidade, continua sendo a principal tática de combate em campo aberto. Eles como uma força de segurança preventiva, anula completamente a tendência à sua evolução em terrenos cobertas com matéria seca.

Por outro lado, o cuidado preventivo dos aceiros deveria ser, como qualquer outra arma que, por precaução se coloca longe do alcance das crianças, simplesmente porque elas não tem o discernimento nem conseguem avaliar a periculosidade da mesma. Evidentemente quando foge ao controle e ocorre um incêndio ou um ato de atentado contra a vida, são considerados acidentes e não crimes.

Embora tendo a sua utilidade para os agricultores para fazer a limpeza dos terrenos ou das pastagens, ele deve também ser considerado como uma arma de ataque contra a natureza. Nesse caso, um adulto que ateia fogo em período de estiagem, sabendo que as chamas podem alastrarem-se e tornarem-se incontroláveis; esse ato não pode ser considerado acidente, mas um crime contra a biodiversidade das espécies, humana, vegetal e animal.

O Brasil é um país de grandes extensões de florestas, inimigas dos grandes criadores de gado. Os territórios demarcados legalmente, impõem limites para devastação. Mas a lei tendencial da expansão do capital é igual em todas as situações; não importa se é na produção de um veículo de transporte, numa máquina ou num boi. Importa é materialidade da valorização do valor. Sendo assim, as matas tornaram-se alvos fáceis dos matadores.

O “Dia do fogo” criado em agosto de 2019, como protesto às leis ambientais, revela que as queimadas nada têm de ingenuidade, nem tampouco podem ser considerados acidentes os milhares de focos de incêndio espalhados pelo país. Com as proporções que essas ações tomaram, precisamos considerar que estamos enfrentando diferentes guerras cada uma com as suas devidas caracterizações: a primeira delas é de caráter militar, justamente porque o fogo nessas proporções, ser utilizado como uma arma de combate. Portanto, se as forças militares não tinham até o momento identificado um inimigo invasor e devastador do território nacional, já existe um e está solto pelos campos. Apagar os incêndios é uma tarefa de defesa do território e da soberania nacional.

Por outro lado há outro tipo de guerra de natureza “ecocivil”. Devemos pensar que existem leis reguladoras e de defesa do meio ambiente. Elas proíbem e preveem punições dos criminosos. Mas, se a leis não estão sendo respeitadas por uma facção social, há uma clara desobediência civil instalada contra, o que os juristas citam quando lhes é conveniente, é o “Estado de direito”. A ordem a ser respeitada não é apenas quando um grupo se lança contra as instituições políticas e jurídicas; os ecossistemas representam muito mais que instituições públicas ou privadas.

A ignorância tem sido posta como uma desculpa para amenizar os atos de barbárie. Mas, ignorar nunca sinônimo de violência, isto porque, devemos entende-la como desconhecimento. No entanto, quando o marido assassina a esposa não é por ignorância; quando o agronegócio usa os agrotóxicos e os governantes autorizam a usá-los, também não é. Da mesma forma que disparar uma arma contra alguém é violência, riscar um fósforo e segurá-lo aceso até ele queimar as primeiras folhas secas para daí dar início a um incêndio, é ainda mais violento, pois, além de ser consciente, o ato não ataca apenas uma pessoa mas milhares de espécies de vida.

Se estamos em guerra é preciso que as forças armadas assumam  o seu papel e enfrentem o fogo; as forças polícias prendam e punam os criminosos e, as autoridades governamentais desarmem os culpados confiscando suas terras. À sociedade civil cabe mobilizar-se contra a cultura do boi promovida por seus adoradores e recriadores dos mitos de que o “agro é tudo”.

As forças políticas que, escondidas atrás das fumaças das queimadas, gastam mais tempo em conquistar votos do que cuidar das pessoas que irão votar, cabe à responsabilização pela omissão de não atuarem preventivamente contra os verdadeiros invasores das terras públicas e dos povos nativos com o uso indiscriminado do fogo.

A civilização imbuída do uso da violência, há tempos vem mostrando sinais de decadência, porém, ao chegar ao alto grau de desrespeito de pôr a terra toda em chamas, levar à inalação insuportável de fumaça e, obrigar as espécies todas, banharem-se e beberem água da chuva tingida de fuligem, passou de todos os limites. Precisamos reagir.

                                                                                               Ademar Bogo



[1] CLAUSEWITZ, Carl Von. Da guerra. São Paulo: Martins Fontes, 1986, p. 88

[2] Idem p. 406

domingo, 1 de setembro de 2024

HISTÓRIA E PRINCÍPIOS


            Na tradição da Filosofia do Materialismo Histórico, encontramos sempre a preocupação com a definição do sujeito da revolução, considerando os trabalhadores, as classes, as forças, as massas e, em último grau a parte maioritária da sociedade que precisa estar de acordo A participar de tudo. Isto nos diz que, não podemos pensar em transformações sem que haja um movimento de pessoas associadas, agindo com os mesmos princípios na mesma direção política.

            Karl Marx em 1847, ao escrever, “A miséria da filosofia” destacou que: “Cada princípio teve seu século para se manifestar: o princípio de autoridade, por exemplo, teve o século XI, assim como o princípio do individualismo teve o século XVIII.”[1] Para ele ainda, quando, obedecendo e sofrendo as consequências, era o século que pertencia ao princípio e não o princípio que pertencia o século. Qual é a diferença, no primeiro aspecto, era o princípio pronto e elaborado que fazia a história e, no segundo, a história ao ser feita fazia o princípio. Mas uma dúvida permanecia: por que tal princípio se manifestou naquele século? Para saber esta resposta, segundo Marx, era preciso examinar minuciosamente como eram os homens daquele século; quais eram as suas necessidades, suas forças produtivas, seu modo de produção; que matérias primas utilizavam; enfim, quais relações sociais e, também políticas articulavam essas pessoas. E, sua conclusão foi que, ao apresentar os homens como atores e autores de sua própria história, chegaremos ao verdadeiro ponto de partida, pois, assim abandonaremos os princípios eternos.

            Nunca é demais resgatarmos para sintonizarmos os sentidos, a definição gramatical de quem é o sujeito? “Sujeito é o elemento que pratica ou sofre a ação expressa pelo verbo de uma oração” e, o objeto, participa como “complemento na ação verbal.” Dito isto, voltamos para aos princípios e a história, considerando o tempo do capitalismo do nosso tempo.

            Há um fundamento filosófico no liberalismo que considera como princípio, o individualismo. Atraído pela liberdade a qual lhe é garantida pelas leis do Estado, o seu poder individual é visto como ilimitado, basta que, por direito arranje as mediações e, sua expressão pessoal se eleva acima da coletividade. É evidente que o individualismo nascido no século XVIII, foi renascido com novas características, no final do século XX, em cenários globalizados, dominados pelas corporações, o mercado e as big Tehs, ou empresas de tecnologia da informação.

            Nesse emaranhado evoluído de relações, encontramos o individuo com sua individualidade, ele, portanto, faz ações, como também sofre as consequências. Mas não somente ele, todos os “eles” estando envolvidos no mesmo processo, vivendo as mesmas influências, formam uma coletividade dispersa, marcada pelas mesmas reações, a favor e contra de si mesmo. Se prolongarmos um pouco o raciocínio e estendermos o alcance das coletividades alienadas do próprio comportamento e, considerarmos como sujeito uma nação, veremos que, os princípios neoliberais, coordenam, grosso modo, a história dos dois tipos de sujeitos: os proprietários das corporações imperialistas que pensam e impõem as diretrizes das ações a serem repetidas por terceiros, na economia, na política, na cultura, na religião etc., e, por outro lado, as imensas multidões, compostas por sujeitos sujeitados que “sofrem” e assimilam os princípios já elaborados.

            Ao levarmos esse entendimento para dentro da política, facilmente vamos encontrar as respostas às perguntas, do porquê as forças não se movimentam mais na direção da revolução? Ou mais especificamente, onde estão os sujeitos da revolução do século XXI? Tudo se explica se percebermos que, com tais princípios, os olhares foram invertidos e, o mundo passou a funcionar como se os indivíduos tivessem sido colocados de cabeça para baixo. Andam mas com os pés para cima.

            A realidade universal, particular e singular, nas visões invertidas, perdeu as contradições e assumiu o movimento da linearidade. Marcado pela ideologia das oportunidades, tudo depende do empenho de cada um. Na política, a gravidade dessa inversão é ainda maior. Visto de cabeça para baixo, o estado tornou-se um aliado das transformações sociais e, o capitalismo ficou ruim porque os trabalhadores e as forças de esquerda eram impedidas de governar. Como sujeitos de uma história com princípios elaborados fora dela, as coletividades, organizações de classe, lutas reivindicatórias e a participação nas ações, foram revertidas para as ações cívicas: votar; respeitar os feriados; realizar atos festivos nas datas comemorativas; doar coisas, alimentos ou fazer Pix do sofá da sala, para os atingidos das catástrofes ambientais, tornaram-se sinônimo de socialização. No mais, os governantes como sujeitos sujeitados que, em nome da democracia e dos trabalhadores assumiram os governos, acomodam-se aos consensos criados pelos sujeitadores, que transformam o próprio político em objeto de uso, tornando-o coparticipante da ação: para o agronegócio, queimar e devastar; para os bancos, lucrar; para o imperialismo colaborar para que o capital se aposse das riquezas restantes de todo o continente.

            Para fazer a história é preciso que os sujeitos não sujeitados se coloquem de cabeça para cima e elaborem os próprios princípios com o conteúdo do século em que vivem, com isso a própria história feita com lutas e confrontos, transforma a evidência do indivíduo, como a pedra que, colocada no muro, não desaparece, mas se fortalece se cooperar com as demais pedras.

                                                                                               Ademar Bogo

                                                                                                         



[1] MARX, Karl, A miséria da Filosofia. São Paulo: Global, 1985, p. 110.